segunda-feira, 26 de maio de 2008

Micareta Gay

Foi realizada ontem, em São Paulo, a 12ª Parada do Orgulho Gay. Mais de 3 milhões de pessoas marcaram presença (alguns organizadores do evento mais eufóricos ou viajantes falaram em 5 milhões).
Manifestações como a realizada ontem, em teoria, têm como objetivo chamar a atenção da sociedade para a causa reivindicada pelos manifestantes. Mas na prática, a história é outra. De todos os participantes de ontem da festa (foi isso que a parada se tornou), duvido que 10% saibam o real motivo de estar ali.

O tema que se pretendia chamar atenção era "direitos iguais". Será que alguém prestou atenção nisso? Claro que não. A grande maioria estava ali para ficar louco de bala (ecstasy) ou doce (LSD), chamar atenção para seus trajes bizarros e para fazer muita, mas muita pegação tanto na avenida Paulista como nas intermináveis festas em points gays como a The Week.

E os heteros na festa? Marcam presença, claro. Muitos estão ali para ver esse povo exótico e engraçado chamado gays que eles adoram falar que não tem preconceito... até um gay se assumir dentro de casa... aí é o Deus nos acuda. Resumindo, o filho do outro pode ser gay, o meu não.

Mas o circo ainda proporciona mais espetáculos: os políticos! Ah, eles não podem faltar! Em ano de eleição, é lindo e cool dizer que homofobia já era. A bicharada representa uma boa quantidade de votos e tudo é válido para ganhar a simpatia da comunidade gay.

Uma pena que um movimento que deveriam discutir os direitos e deveres de um segmento da população tenha se tornado uma grande micareta em que o que se é discutido é apenas o preço da bala e quantas bocas foram beijadas e questões realmente relevantes nem ao menos são lembradas.

Nunca fui em um evento como este e nem pretendo ir.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

"Transformam o país inteiro num puteiro"

Parafraseando Cazuza, "transformam o país inteiro num puteiro". Às vezes tenho essa sensação.
Alexandre Frota, Rita Cadilac, Gretchen, etc. e agora Leila Lopes e a "ronaldinha" Vivi. Não sei se estou sendo muito preconceituoso, conservador demais, mas acho isso tudo o fundo do poço, a decadência das decadências.

E o pior é que essas "atrizes" lançam seus filmes pornôs como se fosse a coisa mais normal do mundo, como se estivessem lançando um livro ou algo mais nobre. Uma chegou a dizer que no futuro fazer filme pornô terá o mesmo status do que posar para a PLAYBOY. Desde quando posar para PLAYBOY é trabalho artístico? Para mim não é.

Se esse país começar a ver isso como algo natural (o que não duvido), se começar a ver cinema pornô como uma arte, é melhor entregar estatuetas do Oscar para as verdadeiras atrizes: aquelas que estão todo dia na esquina pela madrugada tentando ganhar um troco com qualquer carro que as aborde a procura de um programa.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Presos

Finalmente o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, após evidentes provas, foram presos. Espero que não fiquem presos por apenas 5 ou 6 anos por bom comportamento.

A monstruosidade e frieza de como a menina Isabella foi morta todos estão cansados de saber. A imprensa nos bombardeou com o espetáculo por mais de um mês.

Mas durante a prisão do casal, uma coisa me chamou e vem chamando minha atenção: a ferocidade e ao mesmo tempo o ócio da população que tem tempo de ficar horas na porta da delegacia ou na portaria do prédio dos pais do casal.

Em que nossa civilização mudou desde a época dos gregos e egípcios antigos até hoje? Na área da ciência, mudou significamente, claro. Medicina, engenharia, astronomia, matemática, enfim, na área intelectual o avanço é gritante, mas ainda não conseguimos domar o bicho, o animal selvagem presente em cada um de nós.

Está certo que um crime como esse causa comoção, principalmente porque a vítima foi uma criança, mas a reação das pessoas continua a mesma do que em épocas medievais e antigas. As palavras de ordem, de ódio, o desejo de linchamento do casal Nardoni e Jatobá me remete à época em que pessoas eram queimadas em praça pública na Europa da Idade Média, pessoas enforcadas ou esquartejadas ficavam à mostra para deleite da sociedade da época. O prazer das pessoas com o infortúnio de outras é visível.

Fico impressionado como alguém sai da zona sul de São Paulo e vai até a zona norte ou a Guarulhos apenas para ficar de butuca, para fazer zona, para gritar, para chamar atenção, para xingar o casal. Impressionante o ócio coletivo.

É parodoxal o avanço da civilização em certas áreas e em outras parece que não saimos do lugar.