segunda-feira, 30 de junho de 2008

Críticos elegem Heath Ledger o melhor vilão de todos os tempos


Deu no Terra:

Dias antes da estréia de O Cavaleiro das Trevas nos cinemas mundiais, a atuação de Heath Ledger, morto em janeiro deste ano, já recebeu elogios de praticamente todos os jornais norte-americanos. Muitos veículos, como o Daily Telegraph e o National Post, citaram o Coringa do ator como o "melhor vilão de todos os tempos".
As críticas não evitam dizer que Ledger deve aparecer entre os cinco indicados ao Oscar de melhor ator coadjuvante na cerimônia que acontece em fevereiro de 2009 nos Estados Unidos.
O filme foi mostrado apenas em uma sessão exclusiva, em Los Angeles, para uma platéia composta de jornalistas, críticos e empresários do mercado cinematográfico.
No Brasil, O Cavaleiro das Trevas terá estréia no dia 18 de julho.


Não quero comentar a atuação de Heath (e nem posso, pois não vi o filme), mas é impressionante como qualquer pessoa cresce, vira memorável depois de morto. A morte dignifica as pessoas. Duvido muito que os críticos de cinema (logo eles) estariam nessa excitação toda por causa da atuação de Heath se ele ainda estivesse vivo.

A história nos mostra claramente isso: Kurt Cobain, ex-vocalista do Nirvana, é tratado como um deus na MTV ou em qualquer grupinho de jovens aficcionados por música. Ai de quem falar mal do "deus" - viciado em tudo quanto é droga, que se suicidou em 1994.

Aqui no Brasil, ai de você se falar mal de Renato Russo, morto em decorrência da Aids, em 1996. E Cazuza? Vixi... o grande poeta.

Não estou aqui para questionar o talento dessas pessoas, não é isso. Eles tiveram e muito, mas o que me impressiona é que estes artistas se tornaram maiores depois de mortos. Viraram mitos. John Lennon só é John Lennon porque morreu. Concordo que ele tem uma contribuição enorme na música e tals, mas se ainda estivesse vivo, teria a importância que tem? Duvido muito. Provavelmente seria um velho chato e ranzinza reclamando do Bush ao lado daquela japonesa insuportável e sem talento (essa sim, sem talento algum!) da Yoko Ono.

Imagina se Michael Jackson tivesse morrido nos anos 80? Nossa... os EUA bons de marketing, o teriam feito parecer um deus. E hoje? O que é Michael Jackson? Alguém atolado em dívidas, que vive do passado e com a fama de pedófilo e molestador de crianças.
Elvis Presley, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, James Dean e tantos outros. Se a morte os levou no auge da carreira e deixou os fans órfãos, por outro lado ela tratou de deixá-los com status de deuses imortais.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Artigo

Li este artigo na Folha de S. Paulo hoje e achei interessante o que escreveu João Pereira Coutinho em sua coluna:

Pais, filhos e gays

A busca de super-homens é uma quimera longa e trágica na história humana

SERÁ POSSÍVEL escolher as preferências sexuais de um filho? Não, não falo de preferências por ruivas, loiras ou morenas. A questão, levantada pela cibernética "Slate", vai mais fundo: será possível mexer na base neurobiológica de uma criatura e "reprogramá-la" para ela gostar do sexo oposto?

Talvez. Conta a "Slate" que longe vão os tempos em que a homossexualidade era encarada como escolha pessoal ou produto do meio. A homossexualidade é um fato natural -como a cor dos olhos, a pigmentação da pele-, e estudos recentes apóiam a tese ao mostrarem diferenças visíveis no cérebro de homos e héteros.

Parece que os gays têm cérebros muito semelhantes aos das mulheres hétero. E parece que as lésbicas têm cérebros muito semelhantes aos dos homens hétero.

Mas os estudos não ficam restritos a esse retrato. Os cientistas dão um passo além e sugerem que importantes influências hormonais, durante e pouco depois da gestação, determinam a constituição neurobiológica do indivíduo. E, se os hormônios desempenham papel principal, abre-se a porta prometida: "reorientar" os hormônios, "reorientar" a preferência sexual do bebê.

A possibilidade recebe aplausos. A Igreja Católica, confrontada com tal cenário, esquece a sua própria doutrina sobre os limites da manipulação médica e apóia decididamente a busca de uma "terapia" capaz de "curar" a "doença" homossexual.

Mais impressionante é a opinião da maioria: questionada sobre a possibilidade de conhecer a orientação sexual do filho por meio de um teste pré-natal, a generalidade não hesitaria em recorrer ao aborto ou à "reprogramação" caso a sexualidade da criança apontasse para o lado "errado". No fundo, quem não salvaria um filho do preconceito social ou da "doença" homossexual?

Fatalmente, a questão é desonesta. Aceitar as premissas do debate lançado pela "Slate" -aceitar, no fundo, que, por meio da ciência, é possível reverter a orientação sexual de um ser humano- é aceitar, implicitamente, que a homossexualidade é uma doença. E, aceitando-o, permitir que a medicina a trate exatamente como trata qualquer doença.

A realidade não legitima a fantasia. A síndrome de Down ou a espinha bífida, por exemplo, são doenças no sentido mais básico do termo: elas impedem que um ser humano tenha uma vida plena. Podemos discutir se a medicina deve e pode "manipular" genética ou biologicamente uma vida humana para erradicar esses males. E podemos discutir se esses males legitimam a interrupção da gravidez.

Mas essas discussões são distintas do problema inicial: reconhecer a Down ou a espinha bífida como fatores objetivamente incapacitantes de uma vida normal.A homossexualidade não é uma doença. Pode ser motivo de preconceito social, dificuldade relacional, neurose pessoal -mas não é impeditiva de um funcionamento pleno do indivíduo nem põe em risco a sua sobrevivência futura.

Nada disso significa, porém, que não exista uma base neurobiológica capaz de explicar a orientação sexual. É possível e até provável. Exatamente como é possível e provável que certas propensões da personalidade humana -para a depressão, para a liderança, para a criatividade- estejam já inscritas na nossa natureza.

Mas isso não autoriza a medicina a procurar o paradigma do Super-Homem, dotado da dosagem certa de humor, capacidade de chefia, talento para a pintura e para o sapateado. A busca de super-homens é uma quimera longa e trágica na história humana.

Resta a questão final: e os pais? Confrontados com a possibilidade de "reprogramarem" a orientação sexual de um filho ou de descartarem-no via "aborto terapêutico", terão os pais o direito de pedir à medicina esse instrumento seletivo e subjetivo?

Aceitar essa possibilidade é aceitar que, no futuro, os pais poderão determinar a vida futura dos filhos. Escolher a orientação sexual; o temperamento; a vocação intelectual; a excelência atlética ou estética.

Não duvido que a maioria, confrontada com tal hipótese, reservasse para a descendência o cruzamento ideal entre Brad Pitt, Albert Einstein e Pelé.

Mas um tal gesto seria uma tripla violência: contra a medicina e a sua função especificamente curativa; contra o mistério e a diversidade da vida humana; mas também contra os próprios filhos, condenados a habitar vidas que não lhes pertenceriam, mas que foram desenhadas pela vaidade, soberba e tirania de seus progenitores.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pequenas igrejas grandes negócios

Assim que vi essa foto no Kibeloco, não aguentei e tive que copiar hehehe. Mais prático, impossível. Ficou ainda mais fácil para os pastores pedirem dinheiro aos fiéis. É só sacar no Banco do Brasil ou no Bradesco ao lado. Não tem desculpa mais rs... Outra interpretação para esta foto é que nela só há bancos, pois igrejas evangélicas (a maioria) agem como se fossem bancos, para a felicidade dos pastores. Amém.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Desclassificação adiada


O prefeito do Rio, o governador do Estado, o presidente do COB e até João Havelange estavam na cerimônia em que foram classificadas 4 cidades para disputarem entre si o direito de sediar os jogos olímpicos de 2016.
Minha pergunta é: por que o Rio de Janeiro toda vez se candidata? É tido como certo que a cidade não será escolhida por motivos óbvios: o caos que é a cidade. O Rio de Janeiro teve pior desempenho que Doha, no Catar, que foi elimidada por ter menos de 1 milhão de habitantes.
Organizar Pan Americano é muito diferente do que um evento mundial como as Olimpíadas. Enquanto o Rio de Janeiro não cuidar de problemas como transportes, hotelaria, segurança, infra-estrutura, logística, etc, não vejo o porquê dessa insistência em se candidatar aos Jogos Olímpicos.
O Rio apenas adiou a data de eliminação. Acho que a briga ficará no final entre Chicago e Tóquio.