Descanse em Paz

Aos 101 anos, Dercy se foi. Finalmente! Que ela descanse em paz!

Tomara que Deus não me esqueça como esqueceu Dercy por tanto tempo na Terra...

Fica aqui uma homenagem e condolências à família.

Prevaleceu o bom senso

Uma comissão da Câmara dos Deputados decidiu em mater o aborto como crime no Brasil. Todos os dias vimos no noticiário motivos para não ter orgulho de ser brasileiro (a guerra civil no Rio e a trambicagem envolvento Daniel Dantas, Celso Pitta e Naji Nahas são apenas alguns exemplos), mas ainda bem que desta vez viu-se o pouco de bom senso que ainda resta nos deputados prevalecer.

Muitos parlamentares podem ter votado contra o aborto por causa do lobby que a bancada evangélica e católica fazem e também por ser ano eleitoral, mas não interessa. O que importa é que o aborto continua sendo crime.

Aborto é assassinato! Como alguém em sã consciência pode ser a favor disso? Para mim, dá no mesmo matar alguém com meses, anos ou décadas de vida! É assassinato e o pior que o pobrezinho do bebê nem direito à defesa tem.

Muitas feministas (mal-amadas) e ignorantes vão dizer que a mulher é dona do seu corpo. É sim, desde que não tenha um ser humano, que tem direito à vida tanto quanto ela, se formando e desenvolvendo dentro dela.

Muitos vão dizer que milhares fazem o aborto ilegalmente e que muitas acabam morrendo por causa das complicações pós-aborto. Bem feito! Quem mata alguém, não tem direito de viver. Quer evitar essas milhões de gestações indesejadas? EDUCAÇÂO. Que o governo deixe de ser preguiçoso e trate de investir seriamente em educação e na informação para que milhares de meninas não fiquem grávidas "por acidente". E para aquelas que, mesmo com toda a informação disponível, escorregam e acabam engravidando, então, que assuma a responsabilidade e não mate um filho seu!

A boa e velha Alanis Morissette está de volta

Por que alguns artistas só fazem bons albuns quando estão sofrendo ou passam por um momento ruim em suas vidas? Com Alanis, parece que funciona desse jeito. Flavors of Entanglement é um dos albuns mais dor-de-cotovelo que eu já ouvi. O CD tem 11 faixas e apenas 4 não abordam assuntos relacionados à rompimento, relacionamento, tristeza, auto-confiança. Culpa do ator Ryan Reynolds, ex-noivo de Alanis, que terminou o noivado com a cantora recentemente. Diversas músicas parecem ter sido feitas sobre o fim do relacionamento dos dois.

Apesar do tema ser triste, o album é muito bom. Se você tiver terminado um relacionamento e ainda está na fossa, vai chorar com certeza em diversas músicas do album. Destaque para Incomplete, Tape, Torch, Straitjacket e o carro-chefe do CD, Underneath. Para as músicas que não falam sobre relacionamento, a boa vai para a primeira música do CD, Citizen of a Planet, com ótimas batidas de guitarra, o que até lembra à raivosa Alanis do início de carreira com Jagged Little Pill (1995). Em parceria com o produtor Guy Sigsworh, Alanis flerta com o som eletrônico como se pode ver em Moratorium e Giggling Again For No Reason (na minha opinião as músicas mais fracas do album)

Os dois primeiros albuns de Alanis (Jagged Little Pill -1995 e Supposed Former Infatuation Junkie -1998) foram feitos em uma época turbulenta da vida da cantora, como ela mesmo diz em entrevistas. A busca por respostas aos seus questionamentos era visível em sua música. Após esses dois CDs, Alanis lançou outros trabalhos que, apesar de serem bons e terem seus méritos, não chegaram aos pés do que foi Jagged e Supposed.

Precisou acontecer algo de ruim com ela (o rompimento do noivado) para que ela voltasse a ter inspiração e fazer um bom album.