domingo, 26 de abril de 2009

O que você está fazendo?

A nova febre mundial já tem um nome: Twitter! Ashton Kutcher tem, Britney Spears tem, Madonna tem e provavelmente você ou seu vizinho de porta também. Para quem ainda não sabe, o Twitter é uma espécie de microblog em que com apenas 140 caracteres tem o objetivo de responder a pergunta "o que você está fazendo?". Além de mostrar as atualizações do usuário, é possível seguir outros "twitteiros" para ficar informado e atualizado de suas ações. Ashton Kutcher bateu o recorde recentemente de seguidores: um milhão de pessoas seguem seu twitter.

Acho válido que esse tipo de ferramenta seja utilizada por celebridades para informarem fãs fanáticos e ansiosos por cada passo que tomam. Madonna está em estúdio gravando uma nova música. Quem noticiou este fato não foi nenhum tablóide britânico ou americano e sim, a própria cantora em seu twitter. Barack Obama também tem o seu e informava seus eleitores cada movimento seu durante a campanha presidencial.

Entretanto, ainda não vi muita utilidade ou necessidade para que pessoas que não sejam do show business, do mundo da política, pessoas não-públicas em geral tenham o seu. Eu não tenho twitter e nem pretendo ter... afinal, para que eu quero que as pessoas saibam o que eu estou fazendo? Que livro estou lendo ou que música estou ouvindo? As pessoas tanto reclamam da falta de privacidade nos dias de hoje. A sensação de estar vivendo num Big Brother é cada vez maior e entendo que o twitter permite que as pessoas entrem ainda mais na sua vida.

Tenho este blog, Orkut e MySpace. Já é o suficiente de exposição de mim e da minha vida na net pro meu gosto. Conseguirei eu resistir a essa nova epidemia da net chamada Twitter ou não? E você? Já tem o seu? Então me responda: o que você está fazendo?

domingo, 19 de abril de 2009

O Divã



Continuo eu com minhas percepções, conclusões e fascinação pela mente e comportamento humano. Psicologia é uma das áreas que mais gosto de ler. Impressionante o estudo da mente, do comportamento e como que um gesto, um detalhe ou uma situação ruim provocada na infância, pode te afetar pela vida inteira, até na maneira como você se relacionará com as pessoas.

Vale a pena gastar dinheiro com psicólogo/psiquiatra/terapeuta? Sempre achei que não. Não estou descredenciando o trabalho destes profissionais e nem preciso enumerar as diversas contribuições que Freud, Jung, Lacan e tantos outros deixaram para a humanidade, mas acredito que todas as respostas que nós procuramos, estão dentro de nós mesmos.

Claro que esta explicação pode parecer simplista demais, mas a relação paciente-terapeuta eu vejo mais como um cego conduzindo outro cego. Da mesma forma que eu critico sacerdotes que se colocam como ponte entre o divino e os homens, as pessoas buscam terapeutas achando que eles terão as respostas, sendo que os próprios terapeutas não têm respostas para seus próprios conflitos. Então, se a vida do terapeuta já é um conflito só, com que autoridade ele pode opinar sobre a vida dos outros? Só por causa do diploma na parede?

Eu acredito que inconscientemente podemos escolher nossa profissão com base naquilo que não temos. Por que eu escolhi Comunicação? Porque falo pelos cotovelos, escrevo muito? Não. Quem me conhece sabe o quão tímido e calado sou. Inconscientemente falando, será que escolhi Comunicação para me "curar" da timidez, por exemplo? É algo a se pensar... Seguindo esta mesma linha de raciocínio, os psicólogos não escolheram este caminho para tentar solucionar primeiro seus conflitos, angústias e problemas internos?

Falo isso porque conheço muitos psicólogos e terapeutas e sei bastante dos conflitos pessoais que enfrentam. Um caso: conheço uma psicóloga que é conceituada aqui em Vitória. Marcar consulta com ela só com meses de antecedência... o conflito dela: seu marido é homossexual. E ela sabe disso! Então me pergunto: que moral, que autoridade ela tem para resolver os conflitos dos outros se ela não resolve o dela? Vive de aparências e por uma conveniência qualquer, mantém o casamento...

Talvez o grande problema da sociedade são as máscaras. Desde crianças aprendemos a usar tantas máscaras que perdemos nossa identidade e então aos 40, 50 anos buscamos terapeutas para nos ajudar a encontrar e descobrir quem somos nós. Talvez se fôssemos verdadeiros, se tivéssemos coragem de agir de acordo com nossa própria natureza, com nossa própria verdade, não teríamos tanta gente doente da alma.

Pra terminar, vou deixar a letra de uma música que tenho ouvido quase que todo dia e fala sobre uma relação familiar difícil em que um membro desta família busca um terapeuta em busca de respostas e até relata o diálogo paciente-terapeuta:

O Divã

Você não vê seu pai faz muito tempo. Ele morreu nos braços da amante dele, como ele foi capaz de fazer isso? Sua mãe nunca deixou aquela casa nem se casou com outra pessoa e você assumiu a responsabilidade só para poder confortá-la.

Você a faz lembrar muito seu pai portanto ela te expulsou. Dai você se pergunta o porquê de ser tão sensível e por que não consegue confiar em outras pessoas a não ser em nós dois. Mas então como eu posso pensar em perdoá-la? Esses anos todos são águas passadas; ela agiu sem pensar, foi egoísta e foi covarde se você quer saber.

"Não sei nem por onde começar. Por todos esses meus quase 50 anos eu tenho sofrido calado, tenho me adaptado sem parar, tenho suportado; Quem são vocês, essa geração mais nova, pra me dizer que eu tenho problemas mal resolvidos e não muitos exemplos de frutos de trabalho árduo?"

"Como vocês têm a coragem de sair falando por aí coisas como "Mágoa", "Cura" e "Luto"? Eu me sinto bem. Talvez nós não tenhamos nascido tão espertos quanto vocês; Naquela época era tudo mais difícil; Tínhamos certas responsabilidades: nós saímos da escola, direto pro trabalho, pro casamento, e logo em seguida nos tornamos pais."

Eu entrei no consultório dele, me senti muito desconfortável no divã. Ele estava sentado na minha frente, escrevendo suas hipóteses, sei lá. Eu tenho uma esposa adorável e compreensiva que não faz idéia de quão envolvida ela deveria estar. Você diz que a reação dele foi me dar bronca por todas as merdas que eu fiz.

"Um dia desses, minha querida filha, eu estava passando pela 203, eu subi as escadas da minha memória e eu bem me lembro de como elas fazem barulho. Ela só era legal quando bebia, ele só era legal em fotos e eu só estava tentando dar o meu melhor como irmão mais velho".

Me comportei as vezes confuso, as vezes pronto para explodir, ás vezes indignado, ás vezes magoado. Você tem noção de que eu pago pra ele 75 dollares por hora? O preço pode parecer exorbitante, mas as vezes acaba sendo uma bagatela. Eu gostaria que essas sessões durassem mais algumas horas.

Então, cá estamos enfrentando fantasmas parecidos (Sem ser coincidentemente); Está vendo, passar por isso na prática e não só na teoria não fará você abrir mão de sua majestade. Você é inteligente. Você é carinhoso. Você é corajoso. Você é generoso. E eu amo você muito mais agora do que eu jamais amei em minha vida toda.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A Vida Como Ela É


Quem ainda não leu essa coleção de contos e crônicas de Nelson Rodrigues, deve lê-la. O livro, como o nome já diz, relata diversos casos do nosso cotidiano. Simplesmente a vida como ela é. Os textos que Nelson escreveu em meados do século passado estão atualíssimos, pois diversos deles abordam a hipocrisia e a sacanagem que rola dentro das famílias.

Conversando ontem com minha mãe sobre um acontecimento na vida de uma conhecida nossa, na hora me veio à cabeça: o que Nelson Rodrigues escreveria a respeito? Relato o caso: (claro que os nomes são fictícos, apenas o fato é real)

Maria tem uma filha que se chama Joana, que é lésbica. A família de Joana (tios, tias, primos e primas) condenam a homossexualidade da garota e repudiam ainda mais sua namorada (que é pobre). Acontece que Maria, mãe de Joana, recentemente mantém um relacionamento com uma mulher, que é riquissima! Como dinheiro sobra para a namorada de Maria, ela paga várias coisas e ajuda a família de Maria. E a família de Maria repudia sua companheira rica? Claro que não! Preferem fingir de conta que são duas melhores amigas que moram juntas. É mais conveniente para a família acreditar nisso. E a namorada pobre? Ah, essa continua sendo escraxada por todos mas a namorada rica, a família prefere ver como amiga... Ê hipocrisia!

Admiro Nelson Rodrigues por ele falar dessa sujeira que é a família já em meados do século passado. Uma família fica posando de perfeita para a outra, mas se for investigar, não há essa harmonia, essa paz... é tiazona desejando o sobrinho adolescente, irmão desejando a mulher do irmão, ninfeta se fazendo de santa, quando na verdade já rodou na mão de todos os primos, homens e suas amantes, mulheres e seus amantes, filho sendo obrigado a se casar com uma mulher para satisfazer a vontade da família, quando na verdade é atráido pelo mesmo sexo, etc, etc, etc... a lista de coisas por trás dos panos é imensa.

Fico imaginando que foi bem melhor para mim crescer longe da minha família. Era só eu, meu pai, minha mãe e meu irmão. A grande maioria dos meus tios, tias, primos (de todos os graus possíveis), avôs e avó moravam e ainda moram em MG, então o contato que tinha era de uma vez por ano nas férias e olhe lá... hoje tenho primos de primeiro grau que não vejo há uns 15 anos... e olha que eu já sei muitos podres, ou melhor, hipocrisia de família... imagina se eu tivesse que conviver com isso e pior, se eles ficassem dando pitaco na minha vida? Uma das coisas que familiares mais sabem fazer é ficar dando pitaco na vida dos outros nas tradicionais reuniões de família...

Mas família é família! Todas são assim. Todas têm algo a esconder, todos botam uma máscara e interpretam um papel para os outros. Na minha tem casos assim e garanto que na sua também. Talvez você ainda não descobriu, mas que tem, tem. Família deveria ser seu porto seguro mas é uma das coisas que mais dão dor de cabeça nas pessoas... talvez seja por isso que as pessoas hoje estão mordendo umas nas outras... se nem em seu núcleo encontram conforto, quanto mais no mundo lá fora...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tá cada vez mais down o high society



Alô, alô Marciano. Aqui quem fala é da Terra/ Pra variar, estamos em guerra/ Você não imagina a loucura/ O ser humano está na maior fissura porque/ Tá cada vez mais down o high society.

E bota down nisso. Li esta manchete no jornal: A ex-socialite e ex-Chiquinho Scarpa, Carola está em negociações com uma produtora brasileira para estrelar um filme pornô. Mais uma ex alguma coisa que entra nesse mundo. Olha, me considero uma pessoa com a cabeça super aberta, muito liberal, nada me assusta, nem me choca, mas sou apenas eu que vê problema nesse tipo de coisa?

Está virando normal atrizes ou modelos classe B ou C recorrendo a este tipo de trabalho para se promoverem na mídia. Nada contra esse trabalho. Cada um é dono do seu nariz e faz o que quiser de sua vida. Não me importo. O que me deixa perplexo é que a imprensa, os programas de tv (de preferência o da Luciana Gimenez) promovem este tipo de coisa como algo natural.

Essas atrizes (sic) estão indo à mídia promover seu trabalho e recebem total apoio como se elas estivessem divulgando um filme como outro qualquer. Reafirmo que cada um faz o que quiser da vida, não me interessa com quem ou com quantos fulano ou sicrana vai pra cama mas tem que se colocar em questão o fator moral nesses casos sim.

Considerando que a televisão assumiu o papel de educadora da maior parte das famílias brasileiras de baixa renda, sua influência é enormemente perigosa na mente das pessoas. O que uma garota de 15 anos, que não tem acesso a uma boa educação, que o pai é ausente e a mãe empregada doméstica, pensa quando vê essas "atrizes" na televisão cheias de flashes e "glamour"?

Com certeza acha que é o certo e é o caminho a se seguir para se dar bem na vida. A prostituição é uma carreira de sucesso. Ta aí o caso da Luciana Gimenez para provar... Como diria Clodovil: "as mulheres hoje trabalham deitadas e descansam em pé"... (que fique bem claro que nem todas viu? Posso citar aqui uma lista interminável de mulheres que devemos admirar e conseguiram respeito e sucesso usando a cabeça e não abrindo as pernas).

Da mesma forma que Fernanda Montenegro deve ficar irritada quando essas mulheres do mundo pornô são chamadas de atrizes, eu, como jornalista, fico também irritado quando a mídia e "jornalistas" ficam celebrando este tipo de submundo.

sábado, 11 de abril de 2009

E eles viveram felizes para sempre?


Mais de uma semana sem postar nada... realmente estava muito atarefado. Trabalhando muito, dando conta das filmagens, ler textos e mais textos e preparar meu pré-projeto para a monografia da Pós-Graduação... ufa! Nada como um feriado para repor as energias!

Mas vamos ao assunto que quero comentar. Recentemente fui a uma festa de casamento na qual o casal estava celebrando 30 anos de casados. Várias coisas passam pela minha cabeça e uma delas é: como eles conseguiram?

Toda vez que vejo um casal com 25, 30, 40 ou mais anos de casados fico me perguntando... eles são felizes? Ou estão apenas acomodados a uma situação? Minha descrença em casamentos talvez tenha a ver porque casamentos (felizes) na minha família são raros e os que ainda se mantém são de aparência, conveniência, etc...

Nesta mesma festa de casamento, conheci um casal que estava junto há mais de 30 anos e conversando com a esposa, parecia o casamento perfeito. Falava como se fosse uma pessoa feliz e bem resolvida. Será que teria que mudar meus conceitos? Ledo engano... investigando um pouco mais a vida do casal, descobri que anos atrás o marido teve um caso com a irmã da esposa! E que não houve separação por causa dos filhos e principalmente, o que deve ter pesado foi o lado financeiro. Era mais rentável $, viável se manter casada do que separada. Preferiu fingir que nada aconteceu, colocou uma máscara e fica aí posando de casamento feliz. Com certeza existe uma mágoa profunda e tomara que esse recentimento não se manifeste em forma de doença.

Tenho um amigo que se orgulhava muito do casamento dos pais. Eu dizia pra ele que não existe casamento duradouro em que tanto homem quanto mulher foram honestos um com o outro e consigo mesmo durante tanto tempo. Ele dizia que eu falava isso porque meus pais eram separados e que nunca tive modelo de casamento feliz e tals... para não criar polêmica com ele, não dizia nada, aliás, é chato eu dizer pra um amigo e ficar levantando questões do tipo "ah, você acha que em 25 anos de casado, seu pai e sua mãe nunca tiveram um casinho sequer?" Enfim, não disse isso... tempos depois foi descoberto uma pulada de cerca da mãe dele... também não se separaram.

Não estou querendo dizer que em todo casamento duradouro a mulher ou o homem já tiveram seus casos extra conjugais. Não é isso. Fidelidade é possível sim por tanto tempo. Mas tirando as traições, que são "esquecidas", outro fator que mantém os casamentos é a tal da concessão. Não é difícil achar maridos reclamando das esposas e vice-versa. E falam da tal concessão que têm de fazer durante os anos de casamento. Aí que me pergunto: a troco de que? Por que as pessoas cometem essa violência com elas próprias diariamente? Pra ostentar um suposto casamento feliz? Pra que essa anulação de si mesmo ao longo dos anos? É medo de morrer sozinho(a)?

Conheço um casal em que a mulher sempre foi muito submissa ao marido, não o questionava em nada. É a tal da concessão. Consentiu tanto que deixou de existir. Esta mulher é uma incógnita. Não se sabe quem ela realmente é, o que pensa...
Analisando diversos casamentos tidos como felizes, é só investigar um pouco que veremos as feridas expostas. Talvez a impressão que estou passando com isso é de ser uma pessoa amargurada hehehe. Não sou não. Acredito no amor e tudo mais. Apenas não enxergo nele essa potência de ser eterno. Como tudo na vida, ele também acaba e quando acaba, não precisa necessariamente ter sido por motivos ruins como traição. O que foi amor ontem, hoje pode ter se transformado em amizade, companheirismo, um carinho. Quando o casamento era imposto pela sociedade e pela Igreja como algo eterno e indissolúvel, as pessoas tinham o direito de se sentir aprisionadas, mas hoje não. Pode-se separar sem a menor cerimônia. Então, por que as pessoas insistem em manter-se infelizes em casamentos infelizes?
Você conhece algum casamento realmente feliz?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ideologia, eu quero uma para viver


Estava vendo ontem na TV Globo o filme Cazuza e enquanto assistia-o, veio a mim um sentimento de nostalgia que me fez relembrar da minha adolescência. Vendo Daniel de Oliveira interpretando um Cazuza louco e intenso, me fez lembrar que eu também já quis mudar o mundo.

Não lembro de Cazuza, quando ele morreu eu era criança, meus anos adolescentes foram no fim dos anos 90 e começo dos anos 2000, portanto, minha geração não saiu às ruas contra a ditadura ou em favor das Diretas Já. Também nunca fui tão porra-louca como Cazuza, mas já fui um menino que queria mudar o mundo.

Lembro de quão simpático ao comunismo eu era. Apesar da União Soviética já ter acabado há muito tempo quando me interessei pelas idéias comunistas, sempre achava que um dia ela ressurgiria das cinzas e como achava injusto ela ter perdido a Guerra Fria para os EUA. Como eu gostava de estudar a Revolução Russa, a Segunda Guerra Mundial e tudo relacionado à Guerra Fria nas aulas de História... achava Che Guevera e Fidel bons camaradas e não assassinos terroristas e cruel ditador como acho hoje... achava que O Capital, de Karl Marx deveria ser a nova Bíblia dos tempos modernos... como criticava o imperialismo norte-americano e achava Cuba irada... Até pensei em me filiar ao PC do B!!! Nossa, onde eu estava com a cabeça? Como eu devo ter enchido o saco das pessoas com esse papo socialista hehehe... insanidades típicas de uma mente adolescente.

O tempo passou... novas idéias, realidades e responsabilidades foram chegando que o revolucionário, o otimista com a causa vermelha ficou para trás e se tornou apenas uma gostosa lembrança de uma época sem preocupações.

Associado a tudo isso, li uma matéria num jornal local dizendo que amanhã, alguns adolescentes vão se reunir em uma praça aqui em Vitória para uma guerra de travesseiros... Hã? Eu li certo? Li sim... enquanto estava lendo a reportagem, imaginei que seria um ato simbólico, um protesto em favor dos pobres gansos que abdicam de suas penas para que possamos dormir confortavelmente em travesseiros de penas de ganso... mas não. Não há sentido nisso. Será apenas uma estúpida guerra de travesseiros. Fui pesquisar isso na internet e vi que essa bobagem já aconteceu em cidades da Rússia, do Canadá e dos EUA.

Sinceramente, as vezes acho que não faço parte deste mundo... cheguei ao questionamento: qual seria a ideologia dos adolescentes de hoje? No que eles acreditam? E logo me veio a resposta. Ninguém defende mais uma corrente de pensamento, seja ele político, econômico ou filosófico. A nova geração defende uma só coisa - o dinheiro. É preciso passar no vestibular, seguir uma carreira que dê dinheiro, acumular fortunas durante a vida, ter mansões, carrões, passar férias em Nova York ou na Europa e ganhar mais dinheiro e mais dinheiro. Dane-se o mundo e os outros. Eu quero é saber do meu! É isso que eu acho que é a nova filosofia da nova geração.

Não estou criticando o capitalismo (minhas idéias vermelhas já não existem mais hehehe), nem o dinheiro, nem riqueza, nada disso. Dinheiro é muito bom, eu gosto, todos gostam. É ótimo e saudável ter dinheiro proveniente do trabalho e tals, é ótimo gastar, etc, etc... eu, inclusive, tenho compulsão por comprar... mas só acho perigoso quando você se torna escravo dele e ele passa a ser o seu deus.

A que se deve esse desinteresse dos jovens? Será que depois de tantos sistemas econômicos e políticos fracassados, eles concluiram que de nada adianta? Tudo acaba na mesma mer**? Há essa mobilização em torno do meio ambiente agora, mas são poucos ainda que se deram conta da situação e fazem algo a respeito.

Os escândalos em Brasília, por exemplo. A bola da vez é o Senado e suas mordomias. Todos estão achando um absurdo o que os senadores gastam e os privilégios que têm. Se amanhã surgir um caso de corrupção em outra instituição do governo, as atenções se voltarão para esta instituição e o Senado será esquecido e o caso abafado. Sempre é assim. Para esquecer um escândalo, basta outro.

Quem tem força para mudar a moral vigente são os jovens e adolescentes com suas novas idéias, porque se depender da gente mais crescida e mais velha, as coisas não mundam nunca. O papel do jovem na sociedade é esse, o de transformação. Mas parece que nem isso mais essa nova geração quer. Será que todos vão acabar como disse Cazuza no filme? Velhos, carecas, burocratas e caretas? Ideologia, eu quero uma para viver.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A vida é uma viagem que fazemos juntos


Recebi esse texto e resolvi compartilhar:

A vida é como uma viagem de trem... cheia de embarques e desembarques. Quando nascemos, ao embarcarmos, encontramos pessoas que acreditamos que farão conosco a viagem toda: nossos pais, nossos avós. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos com um vazio que jamais será preenchido. Ficamos órfãos do amor mais puro...

Mas isso não impede que, durante a viage
m, embarquem pessoas interessantes que irão ser especiais para nós: nossos irmãos, filhos... amigos e amores. Alguns passageiros, embora sendo pessoas do nosso afeto mais íntimo, acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer a viagem separado deles. Mas isso não nos impede de irmos ao encontro deles.

Essa viagem é assim mesmo: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, encontros, desencontros, esperas, embarques e desembarques. Nenhuma estação é igual a outra, nada se repete igual...

Importante é não esquecer nunca que, em algum momento do trajeto, nossos companheiros de viagem poderão fraquejar, mentir, trair... e provavelmente precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes... e pode existir coisa melhor do que ser compreendido quando nós mesmos nos condenamos?


O grande mistério dessa viagem é que não sabemos em qual estação desceremos. Mas nos agarramos na esperança de que, em algum momento, estaremos na estação principal e teremos a emoção de vê-los chegar com sua bagagem - bagagem que não tinham quando embarcaram no trem. E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.


Agradeço muito a você por fazer parte da minha viagem e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza o vagão é o mesmo, o trem é o mesmo... e com certeza nos encontraremos um dia no infinito.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

Extra! Extra!


O Brasil foi considerado o país menos corrupto do mundo! Nossos políticos sabem diferenciar o bem público do privado. Segundo a pesquisa do Instituto Alice no País das Maravilhas, nossos representantes não desviam dinheiro público. Não existe assistencialismo, patrimonialismo, politicagem, empreguismo e nem agiotagem na política brasileira. Mensalão? Lobistas? 181 diretorias no Senado? Mordomias? Já era. É coisa do passado!

A crise econômica já era! Segundo o Fake News Journal, a crise financeira que abalou o mundo nos últimos meses não passou de uma gripe. Hoje, em Wall Street, os brancos de olhos azuis (como diz nosso presidente) estão mais responsáveis com o dinheiro. A farra, a gastança e principalmente a cobiça e irresponsabilidade desenfreada de banqueiros de olhos azuis também fazem parte do passado. O mundo prospera!

Jesus Cristo está feliz! Segundo o jornal espírita Connection, finalmente, após 2000 anos, católicos e evangélicos entenderam a mensagem dele e pararam de usar a Bíblia apenas como desodorante. O termo "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço" também é passado! Cristãos agora não matam e nem promovem mais guerras em nome de Deus. Praticam ao pé da letra o amor ao próximo, o perdão, o não julgamento. Que época boa para se viver!

A paz reina no planeta Terra! Já não há mais rótulos, divisão das pessoas em brancos, negros, índios, amarelos, judeus, cristãos, budistas, mulçumanos, americanos, europeus, africanos, asiáticos, heterosexuais, bisexuais, homosexuais, ricos, pobres, etc, etc, etc... A humanidade percebeu que somos apenas uma só energia, estamos todos conectados. O paraíso é aqui!

Feliz 1º de abril para você!