Sempre tive problemas com a Igreja Católica. Nunca concordei com os dogmas que ela prega, a maneira como submete a humanidade no cabresto. Mas às vezes seus líderes têm algo de bom a dizer.
Ontem (domingo) o papa Bento 16 condenou as compras de Natal, condenou o consumismo e a valorização do mundo material. Certíssimo Sua Santidade!
Para mim o Natal perdeu a graça depois que cresci, só gostava quando era criança, acreditava em Papai Noel (isso porque eu ganhava o que queria do "Papai Noel". Imagine as milhões de crianças no mundo que odeiam o Natal porque "Papai Noel" não pode dar o que elas pedem). Mas hoje vejo não só por esse lado do consumismo desenfreado mas noto também que Natal é época das famílias se reunirem em volta de suas infelicidades.
Para que serve o Natal? Para irmãos, tios, tias, pais, cunhados, etc se reunirem mascarados por trás de uma comilança e bebedeira desenfreada e fingirem que são felizes. Um mostrar ao outro que é mais feliz, mais bem sucedido que o outro. Uma fofocaiada geral da vida alheia... afinal, família reunida sabe fazer outra coisa a não ser falar (de preferência mal) da vida dos outros?
-"Fulano não vai casar não?"
-"Nossa, você viu fulana como está gorda?"
-"Esse menino não tem namorada. Estranho... Será que é viado?"
-"Ouvi dizer que o marido dela trai, tadinha."
-"Namorada de fulano nao vale nada... uma vagabunda!"
Boas Festas
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